lula
Pesca da lula nos Açores
Nos Açores, esta espécie é vulgarmente conhecida por lula-mansa, sendo o único loliginídeo que habita os mares do arquipélago. A pesca de lula-mansa nos Açores tem longa tradição e, embora não se saiba a sua origem, crê-se que esta actividade teve início durante a presença dos baleeiros americanos no arquipélago.6 A sua exploração é referida pela primeira vez em 1856 por Drouet, mas só existem dados estatísticos sobre as suas descargas a partir de 1948.7 A pescaria destes cefalópodes começou a ter expressão comercial em 1979,7 sendo uma importante actividade nas ilhas de São Miguel, Terceira, São Jorge, Faial e Pico.6 Segundo a Lotaçor, dos recursos comercializados na lota do Faial em 2010, a lula-mansa foi a 8ª espécie economicamente mais importante. Mais de 80% das lulas capturadas nos Açores são exportadas para Portugal continental e Espanha e as restantes vendidas no comércio local para alimentação ou usadas como isco para a pesca.6
A lula pode ser capturada entre os 80 e os 400 metros de profundidade. A sua pesca decorre ao longo de todo o ano, sendo as capturas mais elevadas entre os meses de Novembro e Fevereiro. As melhores alturas do dia para a sua captura são ao nascer do dia e ao fim da tarde.6A técnica
Na pesca às lulas os movimentos são mais rápidos e com intervalos muito curto entre movimentos, mas no choco temos que ter mais arte para enganar este predador voraz mas inteligente. Os movimentos devem ser muito mais lentos e longos, com repetições espaçadas, o truque é sentir a chumbada bater nu fundo e deixar passar alguns segundos, voltando a levantar a pesca com força (isto garante que ferramos melhor o choco caso ele já tenha agarrado o “palhaço”). Se não tiver nada garantimos uma maior elevação do “palhaço”, ficando mais visível e cobrindo uma área maior de pesca.
Esta é a técnica mais utilizada pelos profissionais, sofrendo algumas variações consoante a força da água e a variação de atitude do choco. A escolha das cores dos “palhaços” é o ponto que mais mistério causa nesta pesca, o que chega a enervar o mais calmo dos pescadores, pois nunca vamos saber qual a melhor cor, correndo o risco de termos todos as cores menos a que eles querem.